Num. 12, Vol. 1 (2024)

ISSN:2616-4574

REPRESENTATIVIDADE AFRODESCENDENTE EM PRÁTICAS LITERÁRIAS: UM ESTUDO NO 2º ANO DO ENSINO MÉDIO NA ESCOLA CENTRO TERRITORIAL DO BAIXO SUL (CETEP), GANDU- BA

JANDAÍRA FERNANDES DA SILVA

Resumen

Durante muito tempo se disseminou o mito da democracia racial, a saber, a ideia equivocada de que o Brasil é um país sem racismo, onde negros e brancos convivem pacificamente em condições de igualdade. Contudo, o que se vê na prática se contrapõe a esse discurso de igualdade, pois os estudantes de ascendência negra são os que moram em locais periféricos e com pouca infraestrutura, são os que menos conseguem concluir o ensino médio e menor ainda é o número de afrodescendentes que ingressam e concluem o nível superior. É, porém, altíssimo o índice de jovens negros que morrem assassinados ou pela polícia ou por traficantes. Tudo isso, atrelado à representação que se fazem dos povos negros em livros didáticos corroboram para que os afrodescendentes tenham uma imagem negativa de si mesmos e de seu povo. Com vistas a dirimir esse cenário de preconceito e desigualdades, foi promulgada a lei nº 10.639/2003. Diante disso, essa pesquisa teve como objetivo geral verificar se as práticas de leitura têm permitido representatividade da cultura afrodescendente, em atividades de ensino experienciadas em uma classe do 2º ano do Ensino Médio, bem como explicar como se produz a relação do aluno com as práticas de leitura, considerando a representatividade da cultura afrodescendente e a forma como ela é interpretada. A metodologia empregada foi a pesquisa de formação interventiva hhaja vista que esta possibilita ao pesquisador e aos sujeitos envolvidos na pesquisa o desenvolvimento para enfrentarem os problemas observados no cenário da pesquisa, capacitando-os a desenvolverem a reflexão da prática pedagógica e a construção de uma consciência crítica. Os resultados da pesquisa mostraram que uma prática leitora orientada contribui para a formação de um pensamento crítico sobre a negritude e constrói nos sujeitos uma representatividade afrodescendente. Conclui-se que para se ter uma educação antirracista construtora de representatividade afrodescendente é preciso investir na formação continuada dos professores e rever os livros didáticos pois estes ainda trazem a descrição do povo negro limitada à escravização e os poucos textos de autoria negra inseridas nos livros didáticos, nem sempre vêm acompanhado de orientações ao professor sobre como explorá-los. Ademais, é preciso rever o currículo escolar a fim de que a literatura sobre negros e escritas por negros sejam incluídas naquele. Palavras-chave: Educação antirracista; Representação; Representatividade.

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