A baixa escolarização de adolescentes e jovens de São Félix do Xingu-Pá está diretamente ligado aos problemas socioeconômicos do município, que apesar de apresentar um PIB relativamente bom, tem uma alta concentração de renda e não converte sua arrecadação em bem-estar social, pouco investindo em formações acadêmicas ou profissionalizações, tendo uma mobilidade social bastante precária, o que permite a substituição da mão de obra local pela de migrantes de outras regiões. A educação tem um dos piores índices do estado e as políticas públicas são poucas e ineficientes para tornar o acesso à educação de qualidade democratizada e que tenha conclusão de todas as etapas. A baixa escolarização gera problemas sociais, pois um jovem que abandona os estudos, se torna um problema para todo mundo, pois não se qualifica para o mercado de trabalho e na melhor das hipóteses fará parte de um grupo de empregados mal remunerados, que precisa submeter-se as más condições de trabalho para não ser demitido. Isso quando não faz parte de negativas estatísticas de desempregados ou que se envolveu com tráfico, uso de drogas, gravidez precoce, alcoolismo, roubos ou assassinatos. A escola está pouco atraente e reproduz práticas de uma sociedade excludente.

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