A educação de qualidade depende, também, dos atores envolvidos no processo educativo. Supõemse, portanto, que a organização e as condições de trabalho na escola interferem nos resultados da prática docente e no desenvolvimento da construção do conhecimento dos estudantes. Assim, o recorrente adoecimento do professor remete ao aprofundamento desse fenômeno nas primeiras letras da escolaridade das crianças. Dessa forma, objetivou-se refletir acerca das consequências do afastamento docente por licença médica no processo educativo e no ambiente escolar na visão de todos os atores envolvidos. Realizou-se, diante disso, uma pesquisa de campo qualitativa, com abordagens estatísticas, de natureza aplicada, descritiva, utilizando-se um método de abordagem hipotético-dedutivo, no período de 2017 a 2019. A coleta de dados se deu através de observações, entrevistas e questionários em 15 escolas municipais na Região Metropolitana do Recife-PE/Brasil e da busca de dados de 2010 a 2018 nos órgãos oficiais. Processando-se analítica e sistematicamente em paralelo com um tratamento estatístico à luz de um diálogo com e entre os autores fundamentadores. Encontrou-se em paralelo com a análise da multicausalidade do fenômeno do adoecimento do professor, incoerências entre o sistema governamental que implanta os roteiros e métodos para a organização do processo educativo e as condições de trabalho no ambiente escolar. Constatou-se que a precarização da educação e a desvalorização dos professores provoca mal-estar, sofrimento, adoecimento conduzindo-os ao afastamento e penalizando os estudantes com aulas vagas. Carecendo, portanto, de políticas públicas que reorganizem o processo educativo na escola, pois, a educação de qualidade é direito de todos e dever da família e do Estado.

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