O trauma torácico, particularmente o tórax instável, é reconhecido na literatura especializada atual como um problema de saúde associado ao desenvolvimento do automobilismo, dos conflitos bélicos regionais, nacionais e internacionais. Trata-se de uma patologia que vem aumentando os índices de morbidade e mortalidade, gerando estadia prolongada dos pacientes em unidades de terapia intensiva e enfermaria dos hospitais, acometendo principalmente pacientes do sexo masculino com faixa etária entre 20 a 50 anos. Este cenário tem como consequência aumento dos gastos e recursos que os estados, municípios e o governo federal destinam para a área da saúde populacional em nosso país. O presente trabalho objetivou-se em avaliar a evolução e o prognóstico dos pacientes vítimas de traumatismo torácico com tórax instável, submetidos ao tratamento cirúrgico por meio da técnica de fixação da parede torácica acometida utilizando o fixador externo, numa perspectiva multidisciplinar. Foi realizado um estudo transversal retrospectivo, qualitativo e descritivo, dados coletados a partir da revisão de prontuário de 22 (vinte dois) pacientes, considerando: idade, sexo, fator causal, manifestações clínicas encontradas no exame inicial e lesões associadas ao tórax instável. Com estes dados foi realizada uma discussão sobre dois casos focando na base da atuação da equipe multidisciplinar, das manifestações clínicas encontradas nos exames iniciais, dos diagnósticos das lesões associadas, procedimentos cirúrgicos, estadia e custos na unidade de terapia intensiva e enfermarias, morbidade e mortalidade, evolução clínica do paciente e egresso hospitalar precoce. O estudo comprovou como resultado a viabilidade e vantagens na utilização do fixador externo torácico no tratamento do tórax instável.

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