A educação sempre foi motivo de pesquisa e ambição de poder pelas classes dominantes de um sistema, ora por fornecer, prosperar e continuar o status de civilidade, ou manutenção de poder e divisão em suas classes econômicas ou sociais. A educação brasileira no ensino de ciências sofre com as tendências globalizadas de implantação ou referências a um padrão ou nível de currículo escolar. Desta forma ainda que em pleno século XXI o comportamento de avaliações caduca ao contexto do século XX, mantendo uma linha de exclusão social, por sistematização e concorrência ao que deveria ser direito de todos em prol de um estado forte. Neste mesmo contexto vê-se com naturalidade a abordagem CTS (ciência, tecnologia e Sociedade) e HFC (História e Filosofia da Ciência), ora com seu viés tecnicista em prol do mercado ou aprimoramento puro da ciência e conhecimento intrínseco, fornecendo uma boa ancora a outras metodologias no caminho de vislumbrar o conhecimento mais puro e teórico dos conceitos da natureza. Outros problemas são visualizados tanto quanto na formação estruturada de um currículo como nas condições em que são formados os profissionais no ensino e suas condições de continuidade no processo profissional. O materialismo histórico trata do desenvolvimento e mudanças da sociedade através da produção humana em suas necessidades coletivas, suas relações sociais e estruturas políticas, filosóficas e fundamentos econômicos, assim se propõe de forma atualizada ao cenário globalizado vislumbrando culturas e ideologias que influenciam hoje o comportamento do público escolar. Este trabalho foi realizado através da perspectiva da Pedagogia Histórico–Crítica no ensino de Física sobre as abordagens CTS e HFC, utilizando vasta pesquisa bibliográfica em conjunto aos parâmetros educacionais brasileiros. Em sua relação começa com uma breve posição no conceito de POSSITIVISMO, onde Brandão aborda sua visão mais intrínseca dentro da ciência, Santos busca um posição filosófica, Comte traz idealiza à ordem social e Pires acrescenta como continua as transformações dos conceitos propostos. Nos estudos de Libaneo e Teixeira, enfatiza esses conceitos aplicados aos seus supostos problemas. Azevedo, Moreira e Costa e Barros proporcionam suas perspectivas sobre os problemas no Ensino de Física. Adentramos na pedagogia histórico-critica, pela concepção de Dermeval Saviani aos olhos de Duarte, Loureiro e Rosella e Calluzi, também enfatizando o trabalho da Abordagem histórico-Crítica desenvolvida por César Sátiro dos Santos aos olhos de Avelar, Mori, Gallet, Megid e Camargo. O objeto de estudo demonstra a abordagem Histórico-Crítica no ensino de Física, considerando seus conteúdos científicos em seus aspectos históricos, explorando suas relações no contexto social, econômico e político, expondo a aprendizagem como necessidade de localização social sempre inserida no seu cotidiano.

Texto completo: TESIS

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